domingo, 24 de outubro de 2010

Dissolvendo idéias

Vim, mas não sei porque ao certo vim.
Talvez seja uma tentativa de aliviar a pressão que eu mesmo causo.
Sem a menor distorção de idéias, sem a menor pressa para dormir, fecho os olhos para abrir a mente.
Me distraio com um simples vento, uma folha que cai. Qualquer coisa que me faça esquecer, que tire minha mente dos sorrisos e dialogos, engasgados, como espinho.
Está tudo em paz, não estou aqui para palavras de consternação. Estou apenas saciando um velho vicio, aquele em que abro às janelas do meu porão para o mundo, ou melhor, para quem está disposto a conhecer minhas verdades, que lanço por metáforas, como se tentasse camuflar, para poetizar.
Um silêncio em minha alma, ou talvez, seja uma leve falta de interesse.
Dias e dias, horas em minutos, segundos em horas, tudo sem nexo, mas eu sempre soube que seria assim. E mesmo com toda convicção de que não seria facil, quis arriscar... E estou.
Vivendo em um tempo diferente, onde eu não controlo meus passos, apenas me movo, com cuidado, e quando perco o juizo, tenho os teus olhos para me guiar.
Dividida entre o carinho e o amor, sabendo que os dois estão em plena conecção, me perco no tempo mais uma vez.
Aprendendo, na marra, a esperar, sem saber o que está reservado para meus dias.
Como se estivesse vendada, em uma corda bamba.
Como a águia que se desfaz de suas garras, penas e bico, para crescer e viver por demasiados anos. Assim faço.
Sei que cada lágrima representa um muro ao chão.
Cada luta interna, entre pensamentos, vontades e moral, mesmo que deixem algumas marcas, me levam a um degrau superior. E quando ao topo chegar, poderei então desfrutar do melhor sabor de todos.
Olharei ao meu lado direito para ver às minhas conquistas. Olharei ao meu lado esquerdo e verei o amor, entrelaçado em mim. E então, olharei para dentro e verei luz, muita luz.
Sem barreiras e medo, olharei dentro de seus olhos, e voltarei a voar para onde o Vento me levar.

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