quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Nostalgia

O silêncio me abraça. Um convite, um colo.
Me derreto em teus braços e admito: não está facil.
Pode ser uma leve sensação, uma escolha errada, me trouxe onde estou, e agora que estou aqui, percebo o quão longe eu cheguei.
Olho para as luzes que pouco me convencem, me fazem entender: o que ontem seduzia, hoje apenas agrada, amanhã, talvez nem exista.
Maturidade?
Talvez...
O fato é que a venda foi retirada, posso ver com claridade a verdade por trás dos copos, corpos e fumaças.
Fecho os olhos para tentar aliviar o aperto em meu peito... Sinto sua falta.
Minha alma Te busca com a mesma intensidade em que vivo meus dias.
Olho para a estante, observo uma velha foto, apenas eu e você. Vejo um sorriso sincero e uma luz irradiante.
Pra onde foram os dias de sol?
Eu só queria me deitar em teu abraço e deixar que o vazio fosse completo pelo teu cheiro, me levando ao apice novamente. No topo, exatamente onde eu achava que estava.
Sensação apenas, a realidade é que não passava de um sonho, mas passou da hora de acordar.
Abro as janelas, deixo o vento entrar, levando toda a sujeira para fora.
Eis aqui um coração disposto a se entregar...
O cansaço exposto, cria um abismo entre nós, mesmo que contra minha vontade.
Procuro teu olhar em todas as esquinas, e o Teu amor onde só há ilusão.
O mundo é assim, um ilusório jogo, onde vence quem larga os dados e escolhe o Real caminho.

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