segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ainda é pouco

A luz verde me indica para seguir, antes, o silêncio do meu quarto me implorava para ficar.
Há correria, pressa de chegar. Eu não... Não enrolo, mas o meu descaso com o horário é nítido. Vejo ele passar pelas minhas janelas e finjo ligar, apenas finjo.
No meio do caminho, um contratempo, alias, um passatempo. Uma colisão com a realidade, inevitável. Não posso desaparecer pra sempre, fugir, nunca foi a solução.
Minha volta marcada pelo cinza no céu. Gotas que caem, embassando meus óculos. É a saudade, que insiste em ficar.
Falo de amor, pois no mundo sobram ódio e rancor.
A cobiça e frieza: Disturbios ou é pura falta do Amor?
Não quero fazer comentários politicos ou moral hoje.
O mundo tem feito por mim.
Meu compromisso, expresso em minha mão direita, não me deixa esquecer de meus valores. Caráter é algo, indiscutivelmente, primordial.
Sigo procurando endireitar meus passos. As tempestades que aqui passaram, me impediram de enxergar o caminho correto. Então, aproveito os dias de calmaria e busco, constantemente, acertar a direção.
Me falta uma peça, uma única peça. Por mais que eu procure, nenhuma se encaixa perfeitamente.
Apenas o liquido destilado e a fumaça descontrolada/desenfreiada, as noites badaladas e o som em volume máximo, camuflam, por horas, minutos ou até noites, a sensação de estar completa.
Não pense que é falta de amor próprio!
É apenas um pedaço, uma peça que falta.
Minha mente, exigente, quer ser estimulada, não apenas ocupada.
Não basta me perder em alguém, quero a mistura, a confusão de almas.
O muito, tem sido pouco, e o pouco não me satisfaz.
Enquanto riem, eu cresco. Enquanto correm, eu bato minhas asas, pássaro que sou, livre, pronta para levantar vôo.
A inutilidade vista por fora, é a minha maior vitória!
Mente evoluída... Espírito livre!

"Quero fazer o impossivel, porque sei que o possivel não será suficiente!" - Disse ela, em meio aos sons, risos e a Lua...

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